IVAR: Entenda sobre o novo índice criado pela FGV.



Para iniciar o ano de 2022, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) criou um novo índice para medir as mudanças mensais dos preços de aluguéis.
Entenda melhor sobre os índices.
Para quem paga aluguel sabe que os valores tendem a subir todos os anos, e nesse ano não foi diferente: a taxa subiu para 17,89% do valor do aluguel. Ou seja, para quem paga R$1.000,00 de aluguel, são quase R$200,00 a mais, fora as despesas mensais do imóvel, como por exemplo, IPTU.
O que é IVAR?
Para tentar reduzir essa taxa, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) criou um novo índice para medir o valor dos reajustes dos aluguéis no Brasil.


O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) serve para medir as variações mensais do preço do aluguel, levando em consideração os contratos já fechados.
Existe uma lei para esse índice?
Não há uma lei que obrigue a adotar um índice específico de aluguéis. Porém, é um acordo entre proprietários e inquilinos que pode ser adotado no momento das negociações.
Desde 1989, quando o IGP-M começou a ser calculado, o mesmo passou a ser a principal escolha para a correção dos contratos. Porém, no ano passado, esse aumento foi muito expressivo.
Ocorre que o IGPM é um indicador de preços auferido mensalmente e é usado para medir a inflação (aumento de preços) e é composto pela ponderação de 3 outros índices: IPA 60%, IPC 30% e INCC 10%. Ou seja, o aumento expressivo gerado pela alta inflação gerou uma distorção no reajuste dos aluguéis que não reflete a realidade dos contratos.
Com o IVAR, o índice tende a ser mais objetivo e aderente à realidade desse segmento. Quem sabe, em um futuro próximo, o IVAR possa se tornar mais uma opção para reajustes de aluguéis residenciais.
Natacha Martinez Ferrera
Administradora, corretora de imóveis e sócia da aCasa7